O glioblastoma multiforme é um tumor de crescimento rápido que afecta o cérebro, ou menos frequentemente a medula espinhal. Estes tumores desenvolvem-se a partir de células gliais que formam o tecido de suporte do sistema nervoso central. O glioblastoma multiforme pode também ser denominado glioblastoma ou astrocitoma de grau IV.
Ao aumentar de volume, o tumor cerebral comprime e invade o tecido cerebral ou outras estruturas, podendo interferir com o funcionamento cerebral normal. Deste modo, um tumor cerebral pode interferir com:
- o pensamento
- a memória
- as emoções
- os movimentos
- a visão
- a audição
- o tacto.
Os cientistas desconhecem qual a causa da maior parte dos tumores cerebrais; contudo, estão a procurar compreender melhor a biologia do glioblastoma multiforme e a tentar identificar possíveis factores de risco ambientais, ocupacionais, familiares e genéticos.
Tratamento
Infelizmente, neste momento, não existe uma terapêutica curativa para o glioblastoma. O tratamento visa essencialmente:
- o alívio da dor e dos sintomas
- a melhoria da qualidade de vida
- o aumento da sobrevivência.
O tratamento depende da situação clínica e das condicionantes pessoais do doente. Este geralmente inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Cirurgia. Na maior parte dos casos, a cirurgia constitui a primeira etapa do tratamento, tendo por objectivo a remoção da maior quantidade possível do tumor proporcionando assim um alívio sintomático. A intervenção cirúrgica permite igualmente que se proceda a um exame do tecido tumoral com o intuito de confirmar o diagnóstico de glioblastoma.
Por vezes, nos casos em que o estado geral do doente não permite a cirurgia, opta-se apenas pela realização de uma biópsia para confirmação do diagnóstico.
Os glioblastomas crescem como tentáculos, invadindo o tecido cerebral circundante, pelo que é muitas vezes inviável a sua remoção completa. Por este motivo, o plano de tratamento inclui, de um modo geral, uma terapêutica adicional para destruir as células cancerosas remanescentes.
Radioterapia. A radioterapia utiliza feixes de raios X de alta energia para interromper ou diminuir a velocidade de crescimento do tumor, sendo os doentes geralmente submetidos a este tipo de tratamento após uma biopsia ou intervenção cirúrgica.
A radioterapia por feixe externo utiliza raios X de alta potência dirigidos ao tumor e aos tecidos circundantes a partir de uma fonte situada no exterior do corpo. Outra abordagem possível é a denominada radioterapia intersticial ou braquiterapia, quando neste caso, as substâncias radioactivas são introduzidas directamente no tumor.
Quimioterapia. Para interromper o crescimento das células cancerosas pode ser usada a quimioterapia através de medicamentos que tomados por via oral, administrados por via endovenosa ou intramuscular ou inseridos directamente na área tumoral.
Alguns medicamentos utilizados na quimioterapia destroem as células cancerosas ou evitam que elas se reproduzam, enquanto outros apenas alteram o comportamento do tumor ao modificarem o meio ambiente envolvente.
Encontram-se disponíveis diversos medicamentos para ajudar a tratar os sintomas do glioblastoma. Estes medicamentos podem reduzir o edema que circunda o tumor, controlar as convulsões e diminuir as náuseas e os vómitos.
Prevenção
Actualmente, não se conhece qualquer forma de prevenir o glioblastoma. Contudo, alguns factores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento de um tumor cerebral, incluindo a história de tratamento prévio com radioterapia cerebral e determinadas doenças hereditárias.
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