sábado, 25 de agosto de 2012

Câncer Tumor cerebral


Um tumor cerebral é um tumor intracraniano criado por divisões celulares anormais de (neurônios, astrócitos, oligodendrócitos, células ependimárias, tecido linfático, vasos sanguíneos, nervos cranianos, células de Schwann produtoras de mielina), hipófise e glândula pineal ou tumor proveniente de um câncer primariamente localizado em outros órgãos (tumores metastáticos). Os tumores cranianos primários frequentemente localizam-se na fossa craniana posterior em crianças e nos dois-terços anteriores dos hemisférios cerebrais em adultos, embora eles possam afetar qualquer parte do cérebro. Sua incidência foi estimada em cerca de 1,4% de todos os cânceres e 2,4% de todas as mortes causadas por câncer.

Tratamento

Os doentes com tumores cerebrais dispõem de várias opções de tratamento. Consoante o tipo de tumor e o seu estadio, os doentes podem ser submetidos a cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Alguns doentes recebem um tratamento combinado.
Em qualquer estadio de evolução da doença, os doentes podem receber tratamento para controlar a dor e outros sintomas, para atenuar os efeitos secundários do tratamento e para reduzir os problemas emocionais. Este tipo de tratamento é designado por controlo dos sintomas, cuidados de suporte ou cuidados paliativos.
O médico é a pessoa mais indicada para descrever as opções de tratamento e discutir os resultados esperados.
O doente pode querer debater com o seu médico a possível participação num ensaio clínico, ou seja, num estudo de investigação de novos métodos de tratamento.
A cirurgia é um tratamento comum para a maior parte dos tumores cerebrais. A cirurgia para abrir o crânio é designada por craniotomia. Este procedimento é realizado mediante anestesia geral. Antes de iniciar a cirurgia, o couro cabeludo é rapado; o cirurgião efectua então uma incisão no couro cabeludo e utiliza um tipo especial de serra para remover um osso do crânio. Depois de remover parte ou a totalidade do tumor, o cirurgião cobre a abertura do crânio com o osso removido ou com uma peça metálica ou de tecido. Por fim, o cirurgião fecha a incisão do couro cabeludo.
Estas são algumas das questões que o doente poderá querer colocar ao médico antes da cirurgia:
·         Como me irei sentir depois da operação?
·         Se tiver dores, o que é que pode fazer?
·         Quanto tempo terei de ficar no hospital?
·         Terei alguns efeitos a longo prazo? O meu cabelo volta a crescer? Podem ocorrer efeitos secundários devidos ao uso de metal ou tecido para substituir o osso do crânio?
·         Quando posso retomar as minhas actividades habituais?
·         Qual é a probabilidade de recuperar totalmente?
Por vezes, não é possível realizar a cirurgia. Se o tumor estiver localizado no tronco cerebral ou noutras áreas, o cirurgião poderá não conseguir remover o tumor sem lesionar o tecido cerebral normal. Os doentes que não podem ser submetidos a cirurgia, são tratados com radiação ou outras abordagens.
A radioterapia (terapia por radiação) utiliza raios de alta energia para matar  as células cancerígenas. A radiação é emitida a partir de raios X, raios gama ou protões. Um aparelho de grande dimensão dirige a radiação para o tumor e para os tecidos adjacentes. Por vezes, a radiação pode ser direccionada para todo o encéfalo ou para a espinal medula.
Geralmente, a terapia por radiação é efectuada depois da cirurgia. A radiação mata as células tumorais que possam ter permanecido nessa região. Os doentes que não podem ser submetidos a cirurgia são muitas vezes tratados com radiação.
Este tipo de tratamento é efectuado num hospital ou clínica. A calendarização do tratamento depende do tipo e dimensão do tumor, bem como da idade do doente. Cada sessão demora apenas alguns minutos.
Devem ser tomadas medidas para proteger o tecido saudável em redor do tumor cerebral:
·         Fraccionamento – Geralmente, a radioterapia é administrada 5 dias por semana, durante várias semanas. A administração da dose total de radiação por um período prolongado ajuda a proteger os tecidos saudáveis na área do tumor.
·         Hiperfraccionamento – Nesta caso, são administradas ao doente doses menores de radiação, duas ou três vezes por dia, em vez de uma dose diária mais elevada.
·         Terapia por radiação estereotáxica – Feixes estreitos de radiação são direccionados para o tumor, a partir de diferentes ângulos. Para este procedimento, é utilizada uma armação rígida para a cabeça do doente. A ressonância magnética (RM) ou TAC criam imagens com a localização exacta do tumor. O médico utiliza o computador para decidir qual a dose de radiação necessária, bem como o tamanho e os ângulos dos feixes. Esta terapia pode ser administrada numa única consulta ou em várias.
·         Terapia por radiação tridimensional conformada – O computador cria uma imagem tridimensional do tumor e do tecido cerebral circundante. O médico dirige múltiplos feixes de radiação para o local exacto do tumor. A focagem precisa dos feixes de radiação protege os tecidos cerebrais normais.
·         Terapia por radiação com feixe de protões – Neste caso, a fonte de radiação são os protões, em vez dos raios X. O médico dirige os feixes de protões para o tumor. Os protões conseguem atravessar os tecidos saudáveis sem os danificar.
Estas são algumas das questões que o doente poderá querer colocar ao médico sobre a radioterapia:
·         Por que necessito desta terapia?
·         Quando começarão os tratamentos? Quando terminarão?
·         Como me irei sentir durante a terapia? Existem efeitos secundários?
·         Que cuidados devo ter comigo durante o tratamento?
·         Como sabemos se a radiação está a resultar?
·         Poderei realizar as minhas actividades habituais durante o tratamento?
Quimioterapia (QT) – esta abordagem utiliza fármacos para matar células cancerígenas, e é também utilizada no tratamento de tumores cerebrais. Os fármacos podem ser administrados por via oral ou injectável. Em ambos os casos, os fármacos entram na corrente sanguínea e circulam pelo corpo. Em geral, são administrados em ciclos, de modo a que haja um período de recuperação a seguir a cada período de tratamento.
A quimioterapia pode ser administrada no hospital, em regime ambulatório, no consultório médico ou em casa. O doente raramente necessita de ficar hospitalizado.
As crianças têm maior probabilidades de serem submetidas a quimioterapia do que os adultos. No entanto, os adultos podem receber quimioterapia após a cirurgia e a radioterapia.
Em alguns doentes com câncer cerebral recorrente, o cirurgião remove o tumor e implanta vários discos contendo quimioterapia. Cada disco é mais ou menos do tamanho de uma moeda. O disco dissolve-se ao longo de várias semanas, libertando o fármaco no encéfalo para matar as células cancerígenas.
Os doentes poderão querer colocar as seguintes perguntas sobre quimioterapia:
·         Por que razão preciso deste tratamento?
·         Que efeito terá?
·         Tem efeitos secundários? O que posso fazer para os minimizar?
·         Quando começará o tratamento? Quando terminará?
·         Com que frequência terei de realizar exames médicos completos?
Prevenção
O câncer de cérebro é uma doença complexa e não se sabe especificamente as causas que levam ao aparecimento de tumores. Portanto, é difícil estabelecer regras de prevenção sobre a doença. Entretanto, algumas dicas gerais são válidas:
- Evitar exposição a toxinas e agentes cancerígenos, como pesticidas, inseticidas etc. Além disso, mantenha hábitos saudáveis de vida e pratique esportes. O hábito de se exercitar elimina toxinas e substâncias oxidativas do corpo, que podem causar dano às células;
- Controle o nível de estresse: os altos níveis de estresse causam alterações bioquímicas que podem lesar as células;
- Se você já tem histórico familiar de tumores cerebrais ou outro tipo de câncer, converse com seu médico e faça consultas frequentemente.

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