segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Hepatite G



A hepatite G foi a hepatite descoberta mais recentemente (em 1995) e é provocada pelo vírus VHG que se estima ser responsável por 0,3 por cento de todas as hepatites víricas. Desconhecem-se, ainda, todas as formas de contágio possíveis, mas sabe-se que a doença é transmitida, sobretudo, pelo contacto sanguíneo.
Em análises feitas nos Estados Unidos da América aos dadores de sangue demonstrou-se que cerca de dois por cento já teve contacto com o vírus. Supõe-se que o VHG se encontre em 20 a 30 por cento dos utilizadores de drogas injectáveis e em dez por cento das pessoas que foram sujeitas a uma transfusão de sangue. Em cerca de 20 por cento dos doentes com infecção pelos VHB ou VHC é possível detectar anticorpos para o VHG, mas esta coinfecção não parece influenciar a evolução daquelas hepatites.
Não foi ainda possível determinar com exactidão ? dado que a descoberta da doença e do vírus que a provoca foram recentes ?, as consequências da infecção com o vírus da hepatite G. A infecção aguda é geralmente «suave» e transitória e existem relatos duvidosos de casos de hepatite fulminante (os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre as causas destas hepatites fulminantes).
Noventa a 100 por cento dos infectados tornam-se portadores crónicos mas podem nunca vir a sofrer de uma doença hepática. Até agora não foi possível comprovar que a infecção pelo VHG conduza a casos de cirrose ou de cancro no fígado.
Tratamento
Não existe tratamento para a hepatite G, o que não é muito problemático, já que o vírus não provoca lesões hepáticas, segundo os estudos divulgados até ao momento.
Prevenção
Embora ainda não existam medidas específicas de prevenção, como o vírus se transmite por via sanguínea, deve ter-se especial cuidado no contacto com sangue e produtos derivados do sangue. É igualmente aconselhável o uso de protecção durante as relações sexuais e evitar a partilha de objectos cortantes, com especial atenção para os utilizadores de drogas injectáveis ou inaladas.

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