Um enfarte ou infarto é definido como uma lesão tecidual isquêmica irreversível, isto é, devida à falta de oxigênio e nutrientes, geralmente associado a um defeito da perfusão sanguínea (oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa). Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual vai desencadear uma reação inflamatória local. Nem todos os infartos são detectados clinicamente, pois alguns não condicionam alterações funcionais significativas (micro-infartos), sendo apenas detectados através da dosagem de enzimas marcadoras de necrose.
O infarto mais conhecido é o infarto do miocárdio (In), ou seja do músculo cardíaco. O infarto cerebral é chamado acidente vascular cerebral (AVC).
Não existe tratamento caseiro para um infarto, exceto as medidas de reanimação de emergência - ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Se o paciente perder a consciência e o pulso e não estiver respirando, deve-se fazer imediamente a RCP até que ele volte a respirar por conta própria. Pacientes conscientes que podem estar tendo um infarto devem tomar uma aspirina imediatamente.
Muitas mortes poderiam ser evitadas se as vítimas do infarto ou seus familiares não demorassem tanto para procurar atendimento médico. Estudos mostraram que, na média, as vítimas do infarto esperam três horas até procurarem um médico.
Em praticamente todos os casos, a hospitalização será necessária após o infarto. O tratamento no hospital provavelmente começará na unidade coronariana, com atividade física limitada, no início, e um retorno gradual às atividades normais.
Vários medicamentos são usados no tratamento dos pacientes que sofreram infarto: antiarrítmicos, que inibem as irregularidades dos batimentos cardíacos; diuréticos, que diminuem o esforço no coração eliminando o excesso de água do sangue; antianginosos, que aliviam a dor no peito; e sedativos, que relaxam o corpo. Os beta-bloqueadores são usados para aliviar o esforço do coração diminuindo seu trabalho; eles diminuíram a mortalidade em pacientes que tiveram infarto.
A terapia intervencional durante as primeiras horas após o infarto tornou-se comum. Geralmente, é realizada primeiro uma angiografia (também chamada de cateterismo cardíaco). No procedimento, um catéter fino é introduzido em uma artéria no braço ou na perna e levado através de grandes vasos sangüíneos até o coração; por ele, é injetado um contraste nas artérias coronárias, delineando-as em uma tela de raio-X.
Uma vez que a área da obstrução foi localizada, pode ser possível injetar medicamentos para dissolvê-la. Em outros casos, pode ser feita a angioplastia coronariana transluminal percutânea (também chamada de angioplastia com balão). Nesse procedimento, é introduzido um longo tubo, cuja ponta possui um balão, nas artérias até o local da obstrução, e o balão é inflado para abrir o vaso obstruído (em seguida, o balão é esvaziado e retirado). Em casos raros, pode ser recomendada a cirurgia de revascularização coronária (cirurgia de ponte safena).
Prevenção
A prevenção do infarto começa com hábitos conscientes de dieta e saúde. As pessoas que não fumam e não ingerem gorduras saturadas em excesso, mas que se exercitam regularmente e eliminam o estresse de suas vidas o máximo que podem, têm menos chances de sofrerem um infarto. As pessoas que já sofreram um ou mais infartos são capazes de prevenir outros ataques mudando seus hábitos.
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