A síndrome de Down é uma
cromossomopatia, isto é, uma doença causada por uma alteração no número de
cromossomas perturbação provocada por um problema nos cromossomas — os
cromossomas são estruturas formadas por ADN (abreviatura de ácido
desoxorribonucleico; ou, em inglês, DNA), que contém os genes ou “instruções”
para o crescimento e desenvolvimento dos seres vivos. A síndrome de Down afecta
cerca de 1 em cada 800 recém-nascidos.
Normalmente, os seres
humanos têm duas cópias de cada cromossoma. As pessoas com síndrome de Down têm
habitualmente três (em vez de duas) cópias do cromossoma 21, motivo pelo qual
esta alteração também se denomina trissomia 21 (“três cromossomas 21”). Em
casos raros, o material genético em excesso não é um cromossoma 21 inteiro mas
sim parte do cromossoma 21 ligada a outro cromossoma (translocação). Pode ainda
suceder que o cromossoma extra apenas se encontre em algumas das células da
pessoa (mosaicismo).
O DNA extra é responsável
pelas características físicas e mentais da síndrome de Down, que incluem: Face
e nuca (parte de trás da cabeça) achatadas; olhos oblíquos; pequenas pregas
cutâneas extra nos cantos dos olhos; orelhas, nariz e boca pequenas; língua
grande; baixa estatura; mãos e pés pequenos; e deficiência mental, com uma
gravidade variável.
Tratamento
Não há tratamento para
anular a anomalia genética que provoca a síndrome de Down. No entanto, muitos
dos problemas médicos e de desenvolvimento associados podem ser tratados para
melhorar o desenvolvimento da criança e aumentar a sua esperança e de qualidade.
A avaliação e o planeamento do esquema de tratamento para uma criança com
síndrome de Down podem envolver a colaboração de múltiplos profissionais de
saúde.
Pode haver necessidade de
cirurgia para problemas cardíacos ou gastrointestinais. A fisioterapia e os
serviços de educação especial integrados ajudam as crianças com síndrome de
Down a aproveitar ao máximo as suas capacidades e a atingir o seu potencial. Em
regra, as crianças com síndrome de Down respondem muito bem a estímulos
sensoriais, exercícios para ajudar o controlo muscular e actividades para
potenciar o seu desenvolvimento mental. A escola ajuda as crianças com síndrome
de Down a aprender técnicas sociais, académicas e físicas que lhes podem
permitir atingir um nível de funcionamento e independência mais elevado.
Prevenção
Não há forma de prevenir a
síndrome de Down. No entanto, sabe-se que a probabilidade de ter uma criança
afectada aumenta com o avançar da idade da mãe. De acordo com a idade da
grávida e outros factores de risco avaliados pelo médico, serão oferecidos à
grávida testes de rastreio (bioquímico e/ou ecográfico) ou métodos de
diagnóstico pré-natal (biópsia de vilosidades coriónicas ou amniocentese).
Estes permitem ajudar a ter uma ideia mais concreta do risco de vir a ter uma
criança afectada ou mesmo, no caso da amniocentese e da biópsia de vilosidades
coriónicas, indicar durante a gravidez se o feto é ou não afectado de síndrome
de Down.. Deverá ser a grávida a decidir, após devido esclarecimento das
potencialidades, limitações e riscos dos testes, se pretende ou não realizar
testes de rastreio/diagnóstico pré-natal e, em caso afirmativo, quais os testes
a efectuar.
Os casais em que já tenha
havido uma gravidez afectada por síndrome de Down poderão ter uma maior probabilidade
de vir a ter outro bebé com esta alteração. Nestes casos, os testes genéticos
ao filho com síndrome de Down ou aos membros do casal permitem ajudar a
determinar o risco para a sua descendência, numa gravidez futura.
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