O colesterol que trafega pelo corpo é essencial para a membrana das
células, a produção de vitamina D, a fabricação dos hormônios sexuais e uma
série de outros processos cruciais ao organismo. O chato é quando ele se encontra
em excesso. “Daí, pode se depositar nas artérias e dar início
à formação de placas”, conta o médico André Faludi, diretor da Sociedade
Brasileira de Cardiologia.
Se entupir, já
viu… A tendência de endurecer as metas de colesterol chegou com tudo por aqui:
um dos tópicos mais debatidos nos congressos da área é justamente até que ponto
o LDL, o colesterol ruim, deve baixar. A orientação hoje é mantê-lo abaixo dos
100 mg/dl de sangue, ou 70 mg/dl para sujeitos com alto risco cardiovascular.
Porém, muitos
especialistas já defendem que as próximas diretrizes sugiram níveis abaixo de
50 mg/dl para todo mundo! Isso se tornou possível com a chegada de novos
medicamentos para os casos difíceis de tratar. “De acordo com evidências
recentes, quanto mais baixo estiver o LDL, menor o índice de eventos
cardiovasculares”, conta o cardiologista Marcio Miname, da Unidade Clínica de
Lípides do InCor.
Metas – colesterol LDL (em mg/DL)
Ótimo:
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menor que 100 (70 para os de alto risco)
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Desejável
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entre 100 e 129
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Limítrofe
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entre 130 e 159
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Alto
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entre 160 e 189
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Muito alto
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maior ou igual a 190
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Metas – Colesterol total (em mg/DL)
Desejável
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menor que 200
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Limítrofe
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entre 200 e 239
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Alto
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maior ou igual a 240
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O que fazer?
Manter uma
dieta balanceada e praticar exercícios regularmente são pré-requisitos para
controlar o colesterol total e suas frações. Se muitos familiares possuem
níveis altos, vale verificar se não há um fundo genético. As estatinas são a
principal classe de fármacos para baixar o LDL.
Colesterol do prato não para nos vasos?
A história é
recente e ainda gera confusão. Mas, pelo que a ciência sabe até o momento, os
teores de colesterol da comida não se convertem necessariamente em colesterol
na corrente sanguínea. A quantidade de LDL circulando é determinada, em sua
maioria, pela fabricação da molécula no próprio fígado. Quem incentiva o órgão
a liberar a substância em demasia seria a gordura saturada, presente na coxa de
frango com pele, no queijo amarelo, no bacon, na manteiga e na costela suína. A
recomendação é não ultrapassar 20 gramas desse tipo por dia.
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