O organismo de quem fuma vive num eterno estado de conflito, ou melhor, de
inflamação. Não por menos, tabagistas sofrem de três a cinco vezes mais
problemas cardíacos do que sujeitos que não possuem a dependência. Pra começar,
a nicotina estreita
veias e artérias.
“O cigarro
contém uma enormidade de outros componentes que lesam o endotélio, a camada de
revestimento interno dos vasos”, detalha o cardiologista Abrão José Cury
Junior, do Hospital do Coração, na capital paulista. Esses machucados nos tubos
que levam o sangue são o lugar perfeito para que a gordura se deposite e dê
início à formação de placas e trombos. Isso sem contar que o tabaco atrapalha a
ação dos remédios empregados no manejo da pressão, do colesterol, da glicemia…
“Fumar é uma espécie de antídoto contra as medicações, o que é bastante
perigoso”, compara Cury.
O que fazer?
Nunca é tarde
para abandonar o vício. Familiares, grupos de apoio e tratamento médico são
armas valiosas para vencer o cigarro.
Muito além do tabaco
Todo tipo de fumo é prejudicial para o peito. Isso
vale para as versões eletrônicas, o charuto, o cachimbo e o narguilé (um
cachimbo com água típico do Oriente que virou moda entre os jovens). O cigarro,
por sua popularidade, acaba sendo objeto de muitos dos testes. Logo, suas ações
malévolas são descritas com maior frequência.
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