O carcinoma de pâncreas é o tipo de câncer de pâncreas mais comum - 90% dos casos de neoplasia maligna deste órgão. Atualmente, corresponde à 5ª causa de morte por malignidade no ocidente. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) o colocam como 2% de todos os tipos de câncer e 4% do total de mortes por câncer. É alta a taxa de mortalidade devido ao diagnóstico tardio e pela sua característica extremamente agressiva. A sobrevida média em 5 anos é menor que 0,4%, após o diagnóstico o tempo de vida em média é de 4 a 6 meses. Se o tumor é ressecável a sobrevida média em 5 anos é menor que 20%, em média 13 a 20 meses de vida após a cirurgia. Discretamente mais comum em homens e mais em negros. Raro antes dos 30 anos, mais comum após os 60 anos.
Tratamento
O câncer de pâncreas, na maioria dos casos, é muito difícil de ser tratado. A cura só é possível quando detectado precocemente, mas, pela ausência de sintomas na sua fase inicial, geralmente o câncer de pâncreas se espalha antes de ser feito um diagnóstico. Para estes casos, há tratamentos paliativos, que visam à melhora da qualidade de vida do paciente.
Cirurgia
A cirurgia é ainda o único tratamento curativo no câncer de pâncreas. O procedimento cirúrgico dependerá de fatores tais como sintomas do paciente, tipo, localização e estadio do câncer. A cabeça do pâncreas, o duodeno, parte do estômago e tecidos circunvizinhos podem ser removidos na cirurgia. A pancreatectomia total consiste na remoção completa do pâncreas, do duodeno, do ducto biliar, da vesícula biliar, baço e gânglios linfáticos próximos. Na maioria das vezes, o câncer não pode ser removido totalmente. Mesmo assim, a cirurgia pode aliviar sintomas muito dolorosos e desagradáveis, que ocorrem quando o tumor comprime o duodeno ou bloqueia o ducto biliar. Dependendo do resultado da cirurgia, pode ser aconselhável se submeter posteriormente ao tratamento quimioterápico e radioterápico.
Radioterapia
A radioterapia pode ser utilizada para atacar as células cancerosas, impedindo que o tumor cresça ou mesmo como um recurso pré-cirúrgico, para fazer com que o tumor diminua de tamanho a ponto de poder ser removido.
Quimioterapia
A quimioterapia pode ser empregada isoladamente ou junto com a radioterapia, para redução do tumor, alívio de sintomas e, também, como tratamento pós-cirúrgico.
Quando não há condições de cirurgia, o tratamento de câncer de pâncreas é paliativo e inclui além da quimioterapia, o uso de medicações e procedimentos para alívio dos sintomas. Em alguns casos de câncer pancreático se utiliza a radioterapia; ela pode ser usada de forma concomitante à quimioterapia.
O tratamento de pacientes com câncer de pâncreas avançado tem progredido nos últimos anos com o surgimento de medicações eficazes e de ótima tolerância. Considerando-se que na maioria das vezes enfrentamos um tipo de câncer incurável, é muito importante que se evite ao máximo a morbidade associada ao tratamento sem comprometer o sucesso terapêutico. Apesar de ainda não permitirem a cura, as opções disponíveis permitem um bom equilíbrio entre eficácia e poucos efeitos colaterais, o que possibilita melhor qualidade de vida.
Prevenção
De acordo com a American Cancer Society, não há nenhuma orientações estabelecidas para a prevenção de câncer no pâncreas, embora fumar cigarro tem sido relatado como responsáveis por 20 a 30% de câncer pancreático.
O ACS recomenda manter um peso saudável e aumentar o consumo de frutas, legumes e cereais integrais ao diminuir a ingestão de carne vermelha, embora não haja nenhuma evidência consistente que isso irá prevenir ou reduzir o câncer pancreático especificamente.
Em 2006 uma coorte prospectiva grande estudo de mais de 80.000 assuntos não conseguiu provar uma associação definitiva. A evidência de apoio isto encontra-se principalmente em pequenos estudos de caso-controle.
Vários estudos, incluindo um publicado em 1 de Junho de 2007, indicam que vitaminas b como B12 e B6, ácido fólico, podem reduzir o risco de câncer no pâncreas quando consumido em comida, mas não quando ingerido em forma de comprimido de vitamina.
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